Dias de Ressurreição

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Dias de Ressurreição

 

No sábado santo era aquele não estar bem em lugar nenhum, uma ansiedade inconsciente de um silêncio espesso, fruto da ausência presente.
Aquele corpo morto e frio na pedra fria do túmulo, na escuridão de um dia escuro de futuro trancado, latejava no meio da ferida da morte.
Caminhámos eu e um amigo na tarde desse dia como dois seres inquietos buscando respostas que ficaram no ar de uma Humanidade perdida em tempos de passagem.
Mas naquele corpo morto e frio morava o amor. 
Aquele Jesus que “passou a vida fazendo o bem” estava inteiro naquele corpo frio daquele dia de silêncio de amor e espera.
O Amor de Deus Pai e Mãe e o Espírito nunca abandonaram Jesus, comunhão de amor.
E esse amor foi aquecendo e aquecendo e acendeu a vida num fogo novo.

A experiência do Domingo de Páscoa foi muito diferente.
Baixou a paz e foi embora a ansiedade, nasceu a confiança e a alegria de uma experiência vencedora.
A Eucaristia da manhã, com a Comunidade de amigos de fé foi de alegria e de consolação. 
Não é que celebrar em Comunidade de Irmãos e de Irmãs de féfaz bem e ressuscita?
A Comunidade de Fé é o sinal vivo do Cristo vivo ressuscitado.
O Amor está vivo, Jesus está vivo, acredite quem quiser, souber ou puder acreditar.
A Ressurreição é uma experiência humana pessoal e comunitária de estar vivo, na comunhão do amor e na confiança da luz.
Os horizontes da pessoa que acredita e vive a fé em Jesus Ressuscitado são largos e realizadores.
Eu gosto deste acreditar que me faz livre. 

Entre o silêncio do sábado e a luz do domingo atravessámos a noite da vigília, uma História de fidelidade e de infidelidade ao amor, de opressão e de ação salvadora.
Estendemos o lençol da nossa vida para acolher o Teu amor na nossa História.
Quando a Humanidade conseguir olhar para si mesma em vigílias de amor, com a humildade de termos a morte e a vida em nossos braços, quem sabe, poderemos passar da morte para a vida.
Quem poderá engolir tantos horrores?

O latejar da esperança em tempos de pandemia e de tantos males no coração de multidões que anseiam e trabalham sinceramente por uma realidade de paz e dignidade é a experiência da ressurreição em tempos de vigília. 
Quem poderá separar-nos do amor de Cristo?

Pe. José Luís, CSh

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