Profundidade e Felicidade

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Profundidade e Felicidade

 

Fico a pensar no poço que tem seis metros e meio e é de água deliciosa, 
e no poço de vinte e cinco metros que tem pouca água e com cheiro estranho. 
Às vezes pensamos que a profundidade resolve tudo. 
Mas que profundidade? O que é profundidade? 
O de seis metros e meio é comparável à pessoa simples que descobre 
nas suas relações a alegria de viver, a partilha, a confiança, 
a comunhão com a verdade e a liberdade, a gratuidade, a presença de Deus, 
a chuva que aumenta a sua água. 
É um poço aberto que recebe e partilha, aberto à comunhão com o seu próximo, 
com a vida, com Deus, na simplicidade, na humildade, no acolhimento, 
na alegria de ser em comunhão. 
É o poço da bondade, da proximidade, da simplicidade, onde Deus mora.
O poço de vinte e cinco metros, de pouca água e de cheiro estranho, 
é como a pessoa que procura a felicidade em busca de si mesma, 
tentando satisfazer os seus desejos, com uma motivação egoísta, 
fechada à simplicidade e à proximidade, não descobrindo
a comunhão da vida, nem a partilha, nem a abertura à bondade de Deus. 
Ainda não conseguiu ver as flores, os amigos, a generosidade da vida 
que a rodeia, o afeto, o amor partilhado na simplicidade da vida.

Pe. José Luís, CSh

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